
Para mim a morte
não existe, não passa de uma banalidade do dia-a-dia, é a tentativa de
explicação numa palavra apenas para o desaparecimento das pessoas, é a
explicação para o acto físico duma paragem do coração, mas na realidade o
coração nunca pára, haverá sempre alguém por quem o nosso coração há-de bater,
alguém por quem o nosso sangue passe nas veias e haverá alguém por quem possamos
ver, ouvir, falar, tocar e haverá sempre alguém que vai fazer as coisas por quem
deixou de as conseguir fazer porque diz o senso comum que apenas morreu.
É impossível
dizer que uma pessoa morreu quando permanece no coração de alguém, é impossível
afirmar que para além da vida existe vida ou que as almas permanecem, senão de
onde vem o vento que nos indica para onde ir, de onde viria o sexto sentido
feminino senão das mães e avós? De onde vêm os sonhos senão da mente de alguém
que já cá não está presente fisicamente.
Não podemos
afirmar que a morte existe mesmo, podemos apenas afirmar que as pessoas passam
de uma forma física a pura e simplesmente forma psicológica, tornam-se o nosso
rumo e o vento que faz com que permaneçamos fortes sem a sua presença, a morte
é a passagem do real para o irreal.
Mariana Ramos Maia
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